sábado, 23 de julho de 2011

A arte do "Never let him go"!

Ao começar a se envolver com uma pessoa, por mais que no fundo, temos vários desejos de como a história deve acontecer e terminar com um final feliz, ela nem sempre segue um caminho constante. Bem pelo contrário. Na minha vida, 89% das vezes ela acabou com um "o problema não é você, sou eu". E por mais que eu acreditasse que o problema realmente não era eu, pois tenho uma grande facilidade em ser criativa, fofinha, espontânea e etc...dali pra frente, pode apostar, eu faria do fim, um seriado.
O fato de terminar, já era tão comum na minha vida que isso nem me incomodava. O que me incomodava era eu não encontrar alguém, e logo. O desespero era tanto que eu passava mais tempo curtindo o meu não-relacionamento do que aquilo que eu tinha vivido com a pessoa.
E de repente aquele cara que eu passei noites reclamando para as amigas, virava "the one". O qual, eu em hipótese nenhuma, podia viver sem.Virou uma espécie de obsessão. Obsessão em me humilhar, obsessão de que enquanto eu não fosse completamente mal tratada, eu não me sentia satisfeita.
O que começava com "é a última vez..." chegava até a décima vez, ou mais. Era a última conversa no msn, a última mensagem, a última carta, a última saída, e de última em última, tinha se passado 6 meses, e eu continuava no mesmo lugar.
Até que um dia eu acordei, e descobri que eu estava vivendo intensamente a vida de alguém, mais intensa do que eu estava a minha própria vida, e esse alguém não havia pedido isso de mim, pelo contrário, ele já havia dito que me queria era fora dela.
Eu não sei dizer como vai ser daqui pra frente, pois mesmo que a gente acorde, nunca sabemos o que vai acontecer depois de ter aberto os olhos. Mas pelo menos, estou decidida em parar de dormir amarrada no mesmo sono.
Resolvi me alimentar, me alimentar de mim, e sair dessa vida de migalhas.Cazuza uma vez me disse "Saia desta vida de migalhas, desses homens que te tratam, como um vento que passou...".
Por mais que só tenham passado 3 dias, é difícil falar diretamente como as coisas realmente são. Fica registrado, o meu depoimento, como uma integrante do grupo "A.P.A - Amoro próprio anônimos", apesar de não ser tão anônima assim.

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