sábado, 19 de dezembro de 2009

Golpe

Hoje eu acompanhava as idas e vindas de uma das personagens de Rosa Montero.
Eis que, lá pelas tantas, sai da boca da sujeita:
"minhas mãos formigavam de vontade de tocá-lo. Embora não estivesse certa se queria golpeá-lo ou acaricia-lo"
Pois é, essa é uma dúvida que geralmente precede o coração partido.

Páginas depois, a personagem estava obstinada: não iria acariciar nem golpear o varão em questão. Queria mesmo era matá-lo. Sentir o sangue do sujeito escorrendo pelos braços.

Não terminei ainda a leitura do livro, de modo que não sei se ela de fato abre o crânio do rapaz com uma adaga. Mas é um belo exemplo de que os caminhos do amor e da loucura mais dia menos dia acabam se cruzando.

Mais uma conversa com o Diabo.

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