sábado, 10 de abril de 2010

Romântica, eu?

Fiquei com um quase desconhecido pela primeira - provável e possivemente última - vez. No meio da conversa ele me perguntou se eu sou romântica. Pensei um segundo e todo o nosso relâmpago e inexistente relacionamento me passou pela cabeça. Respondi: "Não". Mas antes mesmo de eu terminar de pronunciar a negativa eu pensei em tudo que eu sou, em tudo que eu faço e penso. Corrigi: "Na verdade, sou romântica até os ossos". Mesmo que não estivesse me sentindo romântica. Estava com aquele sentimento de efemeridade do tempo, relações fluidas da modernidade, one-night-loving. Algo que eu estava certa de que não teria continuidade.
Pois que me enganei. Sou, faço e penso. Fiquei com um cara pela segunda vez. Quando senti falta de um abraço de despedida e uma mensagem de boa noite, percebi que, sim, sou romântica.
Sou, faço e penso. O tempo todo. Me alimento de comida, bebida, livros e romance.
Estive perto do cara, leia-se: não fiquei, pela terceira vez. Quando ele nem olhou para mim eu me dei conta de toda a verdade: não só sou romântica até os ossos, como até as medulas e os humores.
E me iludi completamente. De novo.

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